Procureis o que é agradável ao Senhor e não participeis nas obras estéreis das trevas, pelo contrário, condenai-as abertamente. “(Ef.5,10-11).
''Antes morrer do que pecar!''
Eis a conhecida frase de um dos grandes santos da Igreja, que na sua juventude soube viver a radicalidade do Evangelho: São Domingos Sávio !
O pequeno Domingos sávio nasceu em 2 de abril de 1842, numa aldeia perto de Turim.Filho do ferreiro Carlos sávio e da dona Brigida, nasceu num ambiente familiar de amor,fé e alegria, apesar da extrema pobreza de sua familia.
Domingos era uma criança especial e sempre surpreendia seus pais com gestos de afeto,palavras de encorajamento e edificação. No ano de 1847, os Sávio partem para um lugar chamado Murialdo, dona Brigida trabalhava como costureira, além de cuidar dos afazeres domésticos, e seu Carlos além de ferreiro trabalhava no campo.
O Padre de Murialdo se chamava João Zucca, sacerdote santo e piedoso que logo percebeu no pequeno Domingos um perfume de santidade. Numa manhã fria de inverno, por volta das 5h, Pe.João ao abrir a Igreja para a primeira Missa encontra o pequeno Domingos envolto em agasalhos, na escadaria aguardando a Missa. Tinha apenas 5 anos de idade. Daquele dia em diante Domingos começou a servir nas Missas como coroinha.
Também nesta idade, ia a Igreja com sua mãe; sua atitude devota chamava a atenção de todos. Se a Igreja estava ainda fechada, ajoelhava-se junto à porta, e aí ficava orando até que fosse aberto, não lhe importando se chovia ou nevava, se fazia frio ou calor.
Chegado o tempo de aprender as primeiras letras, como estava dotado de muito engenho e era muito diligente no cumprimento de seus deveres, fez em breve tempo notáveis progressos nos estudos.
Evitava todos os meninos arruaceiros e só estabelecia amizade com os de boa conduta.
Domingos confessava-se frequentemente. Tão logo soube distinguir entre o "Pão Celestial e o terreno", foi admitido à Primeira Comunhão aos sete anos, quando na época a idade minima para tal era de 12 anos. Pode-se perceber a maturidade do menino nos propósitos que deixou registrados nesse dia:
1º Confessar-me-ei com muita frequência e farei comunhão todas as vezes que o confessor permitir.
2º Quero santificar os dias santos.
3º Meus amigos serão Jesus e Maria.
4º Antes morrer do que pecar.
Para Continuar seus estudos, Domingos deveria ir e vir a Castelnuovo que ficava 5 km de sua casa, fazendo assim 10 km diários. Apesar de sua aparência frágil e de sua estatura franzina, suportava frio,chuva e calor com paciência e amor. Certo dia um camponês que diariamente o via passar a pé perguntou-lhe:
- Você não tem medo de andar sozinho por estes caminhos?
- Nunca estou só, meu Anjo da Guarda me acompanha! respondeu Domingos.
O camponês surpreso acrescentou:
- Vai se cansar, com este calor!
- Não, não me canso porque trabalho para um patrão que me paga muito bem!
- Para quem trabalhas? Quem é teu patrão ?
- Nosso Senhor, que paga até um copo de água dado por Seu Amor!
No Colégio conheceu Pe. Cagliero, que era seu professor e logo percebeu em Domingos uma grande bondade.
Ainda neste colégio, Domingos, foi injustamente acusado de uma grave falta que seus colegas cometeram. Ele porém calou-se! Foi repreendido publicamente mesmo sendo inocente.
O Pe. Cagliero era amigo e conterrâneo de Dom Bosco, e pensou que a seu lado Domingos Sávio receberia uma excelente formação.No dia 2 de outubro de 1854, aconteceu o primeiro encontro, em Castelnuevo, na frente da casa do irmão de Dom Bosco.Domingos Sávio perguntou à Dom Bosco:
-Leva-me a Turim para estudar?-É, parece que temos aí uma boa fazenda! Respondeu Dom Bosco.-E para que pode servir essa fazenda? Perguntou Domingos Savio-Para fazer uma roupa e dá-la de presentea Nosso Senhor.-Então eu sou a fazenda e o Senhor é o alfaiate, leve-me e faça de mim uma bela roupa.Sendo assim, no dia 29 de outubro de 1854, Domingos fez um pacote com livros e roupas e também com algumas guloseimas que sua mãe preparou para a viagem. A separação foi penosa, porém decisiva.Domingos cheio de encanto, apesar da separação da família encontrou um lar, o pai Dom Bosco e a Dona Margarida mãe de Dom Bosco, e mais 115 irmãos que corriam, jogavam, estudavam, aprendiam algum oficio e rezavam.Dom Bosco, a cada instante, se surpreendia com seu aluno Domingos!Domingos dizia: “Os olhos são a janela da alma. Pela janela passa o que se deixa passar. Por ela podemos deixar passar um anjo ou um demônio e fazer com que um deles se torne dono do nosso coração” e assim Domingos dava exemplos e lições de vida, com o tempo conquistou a todos, até que em fevereiro de 1857, durante um rigoroso inverno, foi acometido de uma tosse gravíssima e a conselho de Dom Bosco, voltou para casa de seus pais para um bom tratamento.Domingos, ao se despedir de Dom Bosco disse:-Eu não volto mais... Em seguida pede a Dom Bosco perdão e este assim respondeu:-Garanto-lhe em nome de Deus que seus pecados foram todos perdoados.Domingos beija a mão do pai Dom Bosco e parte para sua casa, a dor da partida dilacera o coração do mestre e seus colegas.Ao chegar em casa recebe o amor e a afeição de seus pais e irmãos, todos fazem festa com a sua volta, seu estado de saúde se agrava e são obrigados a chamar o médico.Por alguns dias o médico acompanhou o sofrimento do jovem Domingos, porem seus estado piorava e ele se mantinha sereno, apesar das dores.
A devoção do pequeno Domingos para com Nossa Senhora era extrema. No dia 8 de dezembro de 1854, ano da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição pelo Bem-Aventurado Papa Pio IX, ante o altar da Virgem, ele renovou seus propósitos da Primeira Comunhão e fez esta oração:
"Maria, eu vos dos meu coração; fazei com que seja vosso. Jesus e Maria, sede sempre meus amigos, mas, por vosso amor, fazei com que eu morra mil vezes antes que tenha a desgraça de cometer um só pecado."
Esse horror ao pecado era muito vivo em Domingos, que costumava dizer:"Quero declarar guerra de morte ao pecado mortal."
Mas não era só ao pecado mortal. Dizia: "Quero pedir muito à Santíssima Virgem e ao Senhor que me mandem antes a morte que deixar-me cair em pecado venial contra a modéstia."
Tinha um ardente desejo pela Santidade e pela Salvação das Almas.Em 9 de março de 1857, Domingos nascia uma segunda vez diretamente para o céu, estava com 15 anos e no dia 12 de junho de 1954 Pio XII o eleva a honra dos altares.
Oremos
Ó amável São Domingos Sávio, que em vossa breve vida, fostes admiravel exemplo de virtudes cristãs, ensinai-no a amar Jesus com vosso fervor, à Virgem Santa com vossa pureza às almas com vosso zelo; fazei ainda que imitando-vos no proposito de tornarmo-nos santos, saibamos como vós preferir a morte ao pecado, para poder-vos encontrar na eterna felicidade do céu.
Bruno de Jesus
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